SINOPSE


Primeiramente, gostaria de agradecer por seu tempo e querer entender como vivo a filosofia de vida BDSM e saber um pouco mais sobre mim. Não tenho qualquer intuito de ditar regras ou dizer como viver o BDSM. Não sou o dono da verdade e apenas quero dividir minhas experiências. Descrever sobre o que vivi e senti no decorrer de quase duas décadas. Durante o decorrer da minha trajetória dentro do meio tive o prazer de viver momentos maravilhosos, o privilégio de conhecer muitas pessoas interessantes, de sorrir e gozar bastante! Entenda “gozar” como quiser… Afinal, o intuito ou objetivo do BDSM é obter prazer de diversas formas e apesar do meio ter um grande apelo sexual não quer dizer que o prazer seja apenas relacionado ao sexo. Gozar também é sinônimo de desfrutar, deleitar-se, aproveitar, de obter prazer. Sexo é apenas uma das inúmeras práticas e uma consequência que pode ou não existir dentro de uma relação SM.
Foi procurando por fetiches na internet que descobri o BDSM. Na época em que entrei no meio não existiam muitas informações na internet ou em qualquer lugar a respeito do tema BDSM aqui no Brasil. O que existiam eram poucos sites e blogs que pincelavam por alto algumas coisas, grupos no Yahoo, os bate-papos temáticos do UOL e algumas coisas dentro da rede social Orkut. 

Para conseguir entrar e visualizar perfis e conteúdos no Orkut era preciso ser convidado(a) por alguém que já participasse dele. Sai perguntando para as pessoas próximas se estavam participando do Orkut e a maioria das respostas eram negativas ou que ainda nem conheciam a tal rede social. Em um final de semana em evento de família surgiu o assunto Orkut e fiquei entusiasmado, pois já sabia quem poderia me mandar o convite. Foi o que fiz… Pedi a um parente e logo recebi o e-mail tão esperado com o convite. Logo que entrei na rede social vi que era muito mais do que esperava, que já existiam muitos perfis, grupos, fóruns e comunidades BDSMers falando sobre os temas que queria aprender. Na verdade nunca fui de ficar pedindo para outras pessoas me ensinarem… Sempre fui dedicado a aprender sozinho, como autodidata. Então, fui colhendo as informações dentro dessa rede social e em todos os lugares possíveis para ter pelo menos uma noção básica de onde estava me metendo.

Todas as informações começaram a me transformar de maneira melhor e depois que comecei a refletir o que estava fazendo até conhecer o BDSM imaginei o que poderia fazer depois dali. Ou seja, conhecer o BDSM foi um divisor de águas, pois estava vendo as coisas de um ponto vista e não “a vista do ponto”. Conforme o tempo foi passando e fui estudando pude perceber que estava me transformando em uma pessoa melhor, mudei comportamentos, pensamentos e sabia que poderia melhorar muito mais. Poderia inclusive melhorar o sexo, fetiches e relacionamentos. Na verdade, vivia no mundo do menáge e do swing de maneira arriscada e isso já não me bastava. Sabia que queria algo que pudesse trazer mais segurança, controle e mais prazer. Foi aí que o BDSM me fisgou há quase duas décadas sorrindo e de forma sedutora me disse: 

- Venha ser Dominador, meu filho! Aqui você vai obter o que quer, ter um prazer inigualável e muito mais segurança!

Sou de Brasília-DF, mas conheci e iniciei no BDSM em 2004 na cidade de Goiânia-GO.  Meu primeiro contato com um praticante real de BDSM foi com uma acompanhante e até hoje somos amigos. Ela era submissa e me ensinou muitas coisas no começo da minha trajetória e durante algum tempo. Muitos desses ensinamentos jamais esqueci e me ajudam até hoje. Entre esses ensinamentos acho que o principal deles foi o de ter malícia, pois o BDSM pode ser maravilhoso, mas ao mesmo tempo é perigoso porque ele é um mundo paralelo, de fetiches, mas ele é real e perigoso.

Como disse anteriormente, não sou o dono da verdade e o meu intuito nunca foi de ditar regras ou dizer como você deve ou não viver o BDSM. Quando falo em “baseado em fatos/danos reais” é apenas uma brincadeira. BDSM não é apenas sadomasoquismo, práticas ou sexo. Aliás, existem relações BDSMers que não precisam de práticas que envolvam a dor ou Dominação/submissão e tudo no meio deve ser São, Seguro e Consensual. Existem danos se você não levar o BDSM a sério. Na verdade o que existe é um universo de práticas, fetiches e experiências que podem ser prazerosas e engraçadas se você reduzir riscos e aprender. É nesse sentido que uso a expressão “DANOS”. A maioria das experiências que irei relatar são vivências boas, mas houve outras ruins.  Ah! Claro! Trarei detalhes de alguns momentos ruins que também servirão para desmistificar lendas urbanas a meu respeito e auxiliar as pessoas para tomarem cuidado com pessoas e práticas. Sim! Existem muitos contadores de histórias e práticas que podem ser feitas de maneiras erradas e podem causar problemas maiores… Além disso, as experiências que trago neste livro são reais e previamente autorizadas por ex-submissas que passaram por meu domínio e das quais mantenho relações de amizade até hoje. Resumindo: trago neste livro as delícias dos sabores das práticas e das sensações nunca sentidas em relação ao prazer dos relacionamentos que tive e que você também pode vivenciar! E então? Vamos viajar nos “devaneios em série baseados em danos reais” e ver como o BDSM pode ser deliciosamente maravilhoso na obtenção do prazer?

Saudações SM!

Senhor Etrom